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segunda-feira, 19 de abril de 2010

AMOR QUE REJUVENECE- Padre Zezinho, SCJ


Uma boa mulher que encontrou um bom homem tem maior chance de manter-se mais jovem, porque ele não exigirá dela mais do que ela pode lhe dar. Dá-se o mesmo com o homem. Mas aquele ou aquela que se entregam a muitas mulheres ou muitos homens, com sucessivas noitadas de bebidas, drogas, festas e madrugadas de agito, sofrem desgaste maior por conta das exigências descabidas de quem não os ama e tenta tirar do encontro ou da relação o máximo que pode.

Quem ama de maneira conjugal se doa e se dá, preserva-se e volta para a pessoa amada, dorme ao lado dela e faz o possível para que o ou a bem amada não se desgaste na relação. Quem não ama, tira o que pode e vive de exigências descabidas e descomunais. Feliz e sereno é o casal que se ama e se respeita. Envelhecerá bem mais devagar. Perguntem aos médicos!


São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e doutor da Igreja
Sermão 83 sobre o Cântico dos Cânticos

De entre todos os movimentos da alma, de entre todos os sentimentos e os afectos da alma, o amor é o único que permite à criatura corresponder ao seu Criador, senão de igual para igual, pelo menos de semelhante para semelhante. [...] O amor do Esposo, ou antes, o Esposo que é amor, apenas pede amor recíproco e fidelidade. Que seja, pois, permitido à esposa corresponder a esse amor. E como podia ela não amar, sendo como é esposa, e esposa do Amor? Como poderia o Amor não ser amado? Ela tem, pois, razões para renunciar a todos os outros afectos, para se entregar a um único amor, uma vez que lhe foi dado corresponder ao Amor com um amor recíproco. [...]

Mas, mesmo que ela se fundisse por completo no amor, o que seria isso em comparação com a torrente de amor eterno que brota da própria fonte? O fluxo não corre com a mesma abundância daquele que ama e do Amor, da alma e do Verbo, da esposa e do Esposo, da criatura e do Criador; não existe a mesma abundância na fonte e naquele que vem beber à fonte. [...] Quer dizer então que os suspiros da esposa, o seu fervor amoroso, a sua espera cheia de confiança, que tudo isso é em vão, porque ela não pode rivalizar na corrida com um campeão (Sl 18, 6), não pode querer ser tão doce como o mel, terna como o cordeiro, branca como o lírio, luminosa como sol, e tão amorosa como Aquele que é o próprio Amor? Não. Porque, se é certo que a criatura, na medida em que é inferior ao Criador, ama menos do que Ele, também é certo que pode amar com todo o seu ser; e, onde há totalidade, nada falta.

É esse o amor puro e desinteressado, o amor mais delicado, pacífico e sincero, mútuo, íntimo, forte, que reúne os dois amantes, não numa só carne, mas num único espírito, de modo que eles se tornam um só, nas palavras de São Paulo: «Aquele que se une ao Senhor constitui com Ele um só espírito» (1Cor 6, 17).

Fonte: http://catolicosnarede.wordpress.com/para-refletir/