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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Exaltasamba - Uma Carta para Deus - DVD 2010 - 25 anos

o blog oficial do orkut

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O QUINTO ATO


07/06/2010
Não foi decisão sua. Você não resolveu nascer, nem pediu para ser dado à luz. Por razões óbvias, alguém decidiu no seu lugar. E isso faz toda a diferença entre a individualidade e o individualismo. Quiseram você único, interagindo com os outros e vivo. Sua vontade não seria soberana em tudo. Na pior das hipóteses, aceitaram sua vinda. A vida é uma peça na qual você não é o personagem principal, mas sem a sua atuação o enredo perde a graça.
Glória e aleluia! Você não foi interrompido Deixaram você entrar em cena! Se foi amado, desejado e cuidado, mais glórias e aleluias! Você está vivo e atuando. E talvez faça a diferença. Afinal, você é inclonável e irrepetível. Não é “o” único, mas não deixa de ser único. Não houve, nem jamais haverá neste planeta, outro ser humano com as suas características. Você veio para conviver. Vive de contracenar e imagino que já saiba que contracenar não é encenar contra: é interagir. Para o resto da sua vida, você está fadado a ser você mesmo, no meio de outros que também são eles mesmos. Não há tragédia pior do que um ator perder de vista o self e o ego ao exercer o seu papel.
Pregadores e professores já lhe disseram isso. Dizer, muita gente o diz, mas a questão é se você entendeu qual é o seu papel neste mundo. Nasci, e daí? Sou quem? Sou o quê? Quem me quis aqui? Seguirei o meu projeto pessoal do qual jamais arredaria pé, ou o de quem escreveu o roteiro? Se creio que Ele existe, então já sei qual a minha resposta. Ele não escreveu palavra por palavra. Sou livre para dizer algumas coisas do meu jeito, mas deixou claro que não sou a razão principal da peça.
Eu e você somos coadjuvantes. Viemos depois da abertura das cortinas. Um óvulo acolheu um espermatozóide (1 dentre 300.000.000) e, milagre dos milagres: lá estava mais um ser humano numa estufa chamada útero e na fila para entrar em cena. Quando aparecemos, boa parte da peça já estava em progresso. Nem Deus nem outros interromperam o nosso momento no palco do viver. O que se espera é que eu e você também não o interrompamos. As coisas para você andam difíceis? Pense que numa peça de cinco atos, talvez o quinto seja o mais bonito e o mais longo. Arrisque-se a viver para ver o resto do enredo!
Fonte: http://www.padrezezinhoscj.com

SERGIO REIS ALMIR SATER E ROBERTO CARLOS

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Arenas da Copa ficam lotadas em Belo Horizonte


Entusiasmo dos torcedores mineiros não empolga a seleção, que vence a Coreia do Norte pelo magro placar de 2 a 1
Fonte:http://video.globo.com

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Programa_Palavras_que_não_Passam_-_Valinhos_-_SP

Clip Haja Coração - Jammil


Brasil estreia diante da misteriosa Coreia do Norte, LANCEPRESS! - Condição de Julio Cesar e Kaká é a preocupação dos brasileiros

Visão de Clarice Lispector


Clarice,
veio de um mistério, partiu para outro.

Ficamos sem saber a essência do mistério.
Ou o mistério não era essencial,
era Clarice viajando nele.

Era Clarice bulindo no fundo mais fundo,
onde a palavra parece encontrar
sua razão de ser, e retratar o homem.

O que Clarice disse, o que Clarice
viveu por nós em forma de história
em forma de sonho de história
em forma de sonho de sonho de história
(no meio havia uma barata
ou um anjo?)
não sabemos repetir nem inventar.
São coisas, são jóias particulares de Clarice
que usamos de empréstimo, ela dona de tudo.

Clarice não foi um lugar-comum,
carteira de identidade, retrato.
De Chirico a pintou? Pois sim.

O mais puro retrato de Clarice
só se pode encontrá-lo atrás da nuvem
que o avião cortou, não se percebe mais.

De Clarice guardamos gestos. Gestos,
tentativas de Clarice sair de Clarice
para ser igual a nós todos
em cortesia, cuidados, providências.
Clarice não saiu, mesmo sorrindo.
Dentro dela
o que havia de salões, escadarias,
tetos fosforescentes, longas estepes,
zimbórios, pontes do Recife em bruma envoltas,
formava um país, o país onde Clarice
vivia, só e ardente, construindo fábulas.

Não podíamos reter Clarice em nosso chão
salpicado de compromissos. Os papéis,
os cumprimentos falavam em agora,
edições, possíveis coquetéis
à beira do abismo.
Levitando acima do abismo Clarice riscava
um sulco rubro e cinza no ar e fascinava.

Fascinava-nos, apenas.
Deixamos para compreendê-la mais tarde.
Mais tarde, um dia... saberemos amar Clarice.
(Carlos Drummond de Andrade)