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sábado, 24 de dezembro de 2011

Boas Festas!

Aquela magia toda guardada durante todo o ano venha presente nos corações daquelas que festejam o amor. Que não apenas seja uma comemoração, mas um início para uma nova geração. Natal simboliza nova vida, pois nele comemoramos o nascimento do Homem que modificou a nossa maneira de ver o mundo.
Trazendo-nos amor e esperança. Que neste Natal sejam confraternizados todos os desejos de um mundo melhor. Que todos estabeleçam um novo vigor de Humanidade. E Que nada seja mais forte do que a união daqueles que brindam o afeto entre eles.
Feliz Ano Novo!!!!
Texto: (Comunidade Nossa Senhora Aparecida)
Bairro Santa Helena – Barreiro - BH/MG
2011-12-24

O guardador de rebanhos - VIII

 O guardador de rebanhos - VIII
Fernando Pessoa

Num meio dia de fim de primavera
Tive um sonho como uma fotografia
Vi Jesus Cristo descer à terra,
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Tinha fugido do céu,
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras,
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque não era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!
Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três,
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o sol
E desceu pelo primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz no braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras nos burros,
Rouba as frutas dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.
A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as cousas,
Aponta-me todas as cousas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.
Diz-me muito mal de Deus,
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar no chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia,
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que as criou, do que duvido" -
"Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
mas os seres não cantam nada,
se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres".
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.
Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural,
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.
E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre,
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E a outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é o de saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.
A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direção do meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.
Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos a dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.
Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.
Depois eu conto-lhe histórias das cousas só dos homens
E ele sorri, porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos-mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do sol
A variar os montes e os vales,
E a fazer doer aos olhos os muros caiados.
Depois ele adormece e eu deito-o
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.
Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos,
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate as palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.
Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu no colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.

Fernando Pessoa - O Guardador de Rebanho parte VIII

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Motivacional: Sabedoria


Meu coração e minha língua fizeram um trato: quando meu coração estiver enfurecido, minha língua guardará silêncio. 

As palavras respondem aos sentimentos, e os sentimentos às idéias. Por isso é impossível dominar nossas palavras se não somos senhores de nossos sentimentos; e estes sentimentos irão se acalmando segundo a força de nossas idéias. 
A um coração que não se domina, responderão palavras violentas e ferinas; a um coração fechado em si, sucederão palavras e atitudes que depreciam os demais. 

Por conseguinte, me calarei quando meu coração não estiver sossegado e em calma; não falarei, pois seguramente me arrependerei do que disser ou, pelo menos, do modo como o disser, ou do momento em que o disser. 

Se em geral o coração não costuma ser bom conselheiro, menos o será quando não estiver em paz e não se sentir senhor de si mesmo.

(Texto recebido por e-mail)




Irmãs do Imaculado Coração de Maria - Profissão Noviças Alberlandia e Le...

domingo, 18 de dezembro de 2011

Caritas Internacional lança campanha de Natal: "Um presente que faz a diferença"


 "Um presente de Natal que faz a diferença": esta é a campanha de Natal da Caritas Internacional, que convida todas as pessoas de boa vontade a oferecerem doações para ajudar o trabalho da instituição. "Para os agentes da Caritas, o Natal não é evento a ser recordado uma vez por ano, em dezembro. Mas deve ser vivido sempre, todos os dias, quando se leva conforto aos mais fracos" – escreve numa carta o Presidente do organismo, Card. Oscar Rodriguez Maradiaga.

O Cardeal recorda os eventos mais marcantes de 2011 em que a Caritas esteve presentes, como no Japão, que em março sofreu um forte sismo, no Chifre da África, que combate a seca, em Bangladesh, destruído pelas inundações. Para as vítimas dessas catástrofes, destaca o purpurado, a Caritas "forneceu ajudas alimentares, cuidou de crianças subnutridas e investiu em meios de subsistência". Nesse sentido, escreve, "as doações por parte de benfeitores generosos fazem a diferença entre a vida e a morte para milhares de pessoas".

Mas tudo isso não é suficiente: o apelo da Caritas à comunidade internacional não é somente nutrir os esfomeados, mas também indagar por qual motivo a fome persiste. "Se não colocarmos o homem acima e antes do lucro, o nosso mundo não será curado. Necessitamos de homens e mulheres de fé para tentar colocar o ser humano, a família e a comunidade no centro de todos os esforços para reconstruir a sua identidade". Por fim, os votos são para que o Advento seja uma mensagem de unidade, para que "todos juntos possamos colocar fim à pobreza e levar adiante a harmonia".

Fonte: http://www.divinopaieterno.com.br/?class=Noticias&method=onListarDetalhes&id=1894