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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Citação do dia


Quem não pode lembrar o passado, não pode sonhar o futuro e, portanto, não pode julgar o presente.
Walter Benjamin

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

1 de janeiro - Ano Novo

1 de janeiro
Ano Novo

Cada povo tem seu próprio calendário. Os chineses, por exemplo, festejam o ano-novo entre três e quatro semanas depois de 1o de janeiro. Para os judeus, o ano começa em setembro. O calendário atual, atual, baseado num modelo criado pelos romanos, passou por grandes transformações. A última destas foi feita em 1582, pelo papa Gregório XIII, razão pela qual, o calendário recebe o nome de "gregoriano" e estabelece o dia 1o de janeiro como o primeiro dia do ano. 

De acordo com esse calendário, um ano tem 365 dias e um quarto (ou seja, seis horas), 12 meses, 52 semanas e um dia, 8.766 horas e 525.960 minutos. Como a Terra demora um pouco mais de 365 dias para completar sua volta em torno do Sol, a cada quatro anos o mês de fevereiro ganha um dia extra, e o ano recebe o nome de "bissexto". 
A duração da semana se relaciona com o tempo necessário para a Lua completar suas fases, ou seja, sete dias. Na Roma antiga, essa divisão era chamada "septmana" - sete manhãs. É muito provável, contudo, que o primeiro povo a adotar a semana tenha sido o babilônio. Os babilônios deram aos dias o nome dos planetas que conheciam e que podiam ser vistos a olho nu. Essa prática acabou sendo adotada pelos romanos e por outros povos europeus influenciados por estes. 

A maioria dos povos adotou o nome dos planetas, do Sol e da Lua para cada dia da semana, exceto os povos de língua portuguesa. No começo do cristianismo, a Páscoa durava uma semana; trabalhava-se muito pouco e esses dias eram dedicados exclusivamente às orações. Eram as férias, plural de feria, palavra latina que significa "festa, feriado". Para enumerar as férias, começou-se pelo sábado, como os hebreus faziam. O dia seguinte ao sábado era o feria-prima, depois o segunda-feira, e assim por diante. O sábado origina-se de Shabbath, dia do descanso para os hebreus. 

O imperador Flávio Constantino (280-337 d.C.), ao se converter ao cristianismo, substituiu o feria-prima por Dominica, que significa Dia do Senhor, e que, por sua vez, foi adotado por povos latinos como "domingo". 
Para evitar confusões envolvendo datas, praticamente todos os países do mundo fizeram um acordo determinando que fosse usado apenas um calendário. No dia 1o de janeiro, as pessoas trocam votos de alegria, de paz e de felicidade para o Ano-Novo. 

No Brasil, a chegada do Ano-Novo acontece em meio a muitas simbologias, como a queima de fogos de artifício, o uso da cor branca nas vestimentas e uma culinária específica, em que a sopa de lentilhas, rabanadas, uvas e romãs não podem faltar. Esses rituais têm a finalidade de augurar fartura e prosperidade para todo o novo período. 
No litoral brasileiro, as pessoas têm o costume de dirigir-se às praias e, em meio às comemorações, fazer oferendas à Iemanjá, divindade que, na umbanda - culto religioso de origem afro-brasileira - é considerada a rainha do mar. O real sentido é para que as mazelas do ano que se encerra fiquem mergulhadas para sempre nas águas puras do oceano.


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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

27 de dezembro - São João


É muito difícil imaginar que esse autor do quarto evangelho e do Apocalipse tenha sido considerado inculto e não douto. Mas foi dessa forma que o sinédrio classificou João, o apóstolo e evangelista, conhecido como "o discípulo que Jesus amava". Ele foi o único apóstolo que esteve com Jesus até a sua morte na cruz. 

João era um dos mais jovens apóstolos de Cristo, irmão do discípulo Tiago Maior, ambos filhos de Zebedeu, rico pescador da Betsaida, e de Salomé, uma das mulheres que colaboravam com os discípulos de Jesus. Assim como seu pai, João era pescador, e teve como mestre João Batista, o qual, depois, o enviou a Jesus. João, Tiago Maior, Pedro e André foram os quatro discípulos que mais participaram do cotidiano de Jesus. 

Costuma ser definido, entre os apóstolos, como homem de elevação espiritual, mais propenso à contemplação do que à ação. Apesar desse temperamento, foi incumbido por Jesus com o maior número de encargos, estando presente em quase todos os momentos e eventos narrados na Bíblia. Estava presente, por exemplo, quando ressuscitou a filha de Jairo, na Transfiguração de Jesus e na sua aflição no Getsêmani. Também na última ceia, durante o processo e, como vimos, foi o único na hora final. Na cruz, Jesus, vendo-o ao lado da Virgem, lhe confiou a tarefa de cuidar da Mãe, Maria. 

Os detalhes que se conhece revelam que, após o Pentecostes, João ficou pregando em Jerusalém. Participou do Concílio de Jerusalém, depois, com Pedro, se transferiu para a Samaria. Mas logo foi viver em Éfeso, na companhia de Nossa Senhora. Dessa cidade, organizou e orientou muitas igrejas da Ásia. Durante o governo do imperador Domiciano, foi preso e exilado na ilha de Patmos, na Grécia, onde escreveu o quarto evangelho, o Apocalipse e as epístolas aos cristãos. 

Diz a tradição que, antes de o imperador Domiciano exilar João, ele teria sido jogado dentro de um caldeirão de óleo fervente. Mas saiu ileso, vivo, sem nenhuma queimadura. João morreu, após muito sofrimento por todas as perseguições que sofreu durante sua vida, por pregar a Palavra de Deus, e foi sepultado em Éfeso. Tinha noventa anos de idade. 

O evangelho de João fala dos mistérios de Jesus, mostrando os discursos do Mestre com uma visão mais aguçada, mais profunda. Enquanto os outros três descrevem Jesus em ação, João nos revela Jesus em comunhão e meditação, ou seja, em toda a sua espiritualidade. Os primeiros escritos de João foram encontrados em fragmentos de papiros no Egito, por isso alguns estudiosos acreditam que ele tenha visitado essas regiões.

Fonte: http://www.paulinas.org.br/