O Dia do Folclore foi criado por meio do decreto federal no 56.747, de 17/8/1965. A palavra "folclore" surgiu a partir de dois vocábulos saxônicos antigos: folk, que significa "povo", e lore, "conhecimento". Folk + lore quer dizer, portanto, ''conhecimento popular''. O termo foi criado por William John Thoms (1803-1885), cujo pseudônimo era Ambrose Merton, um pesquisador da cultura européia. No Brasil, após a reforma ortográfica de 1934, que eliminou a letra k, a palavra perdeu também o hífen e tornou-se "folclore".
Segundo a Carta do Folclore Brasileiro, aprovada pelo I Congresso Brasileiro de Folclore, em 1951: "Constituem fato folclórico a maneira de pensar, sentir e agir de um povo, preservada pela tradição popular ou pela imitação". Portanto, folclore é o conjunto de todas as tradições, lendas e crenças de um país, representado pelos seus diversos movimentos culturais regionais; pode ser percebido na culinária, na linguagem, no artesanato, na religiosidade, no vestuário e nos usos e costumes de uma nação.
Nem todo costume pode ser chamado de folclore. Para que certo costume seja assim considerado, é preciso que tenha surgido há muito tempo, que seja praticado por grande número de pessoas e que também tenha origem anônima, ou seja, que ninguém saiba ao certo quem é seu criador.
O folclore brasileiro é um dos mais ricos do mundo. Nele estão presentes as características dos povos que contribuíram para a formação da nação brasileira, sobretudo os africanos, indígenas e europeus. Pode-se perceber essa influência em algumas manifestações do folclore brasileiro como as festas típicas, as roupas, os personagens e as lendas.
Lendas/personagens: saci-pererê, boitatá, curupira, caipora, lobisomem, mãe d'água (iara), mula-sem-cabeça, negrinho do pastoreio, uirapuru, pindorama, pirarucu, boto etc.
Festas típicas: moçambique, reisado, folias de Reis, fandango, vaquejada, maracatu, bumba-meu-boi, festas juninas, congadas, cavalhadas, alardo, mulinha de ouro, jaraguá etc.
Há também outras manifestações do folclore, como: cantigas de roda, provérbios, versinhos infantis, parlendas, jogos infantis, adivinhações, crendices etc.
As pessoas que estudam o folclore são chamadas "folcloristas". Um dos principais estudiosos brasileiros foi Luís da Câmara Cascudo (1898-1986).
O folclore, portanto, pode ser assim classificado se for:
uma manifestação popular; constituído de uma tradição; transmitido oralmente e pela prática; anônimo, porque os criadores são desconhecidos; criação livre e espontânea dos povos. Conhecer o folclore de um país é valorizar sua cultura, compreender seu povo e aprender sobre boa parte de sua história.
Fonte: paulinas.org.br/
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