“Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos." (Antoine de Saint-Exupéry)
domingo, 18 de outubro de 2009
A Beatificação (19 de outubro de 2003)
Madre Teresa de Calcutá
Um nome, um mito, uma vida de dedicação. Madre Teresa de Calcutá, cujo nome verdadeiro era Agnes Gonxha Bojaxhiu, nasceu em Skopje, em 27 de Agosto de 1910, na República da Macedônia e faleceu em Calcutá, na Índia em 5 de Setembro de 1997.
Em 1928 entrou para a casa das irmãs de Nossa Senhora de Loreto em Dublin, na Irlanda. As Irmãs de Loreto possuíam um colégio na Índia, de Dublin, no inicio dos anos de 1930, no período entre guerras, a jovem Agnes, partiu para a Índia. No dia 24 de maio de 1931, em Darjeeling, na Índia, fez a profissão religiosa, e emitiu os votos de temporários de pobreza, castidade e obediência tomando o nome de "Teresa". A escolha do nome vinha de outra missionária Teresa de Lisieux (Santa Teresinha) que foi canonizada em 1927.
Da cidade de Darjeeling, partiu para Calcutá, local onde se estabeleceu como professora de História e Geografia no Colégio Santa Maria, para moças de famílias abastadas. O cenário de pobreza e miséria absoluta da maioria da população incomodava a jovem que cada dia se impressionava com os problemas sociais da Índia.
Em maio de 1937 a missionária fez os votos perpétuos na ordem, na década seguinte, em 1946, Teresa sentiu um chamado maior de dedicar aos despossuidos. Depois de pedidos insistentes, o Papa Pio XII concedeu-lhe a permissão para viver fora do Convento junto aos pobres das ruas de Calcutá, para iniciar uma nova congregação de caridade, cujo objetivo inicial era ensinar as crianças pobres a ler.
Com o tempo a ela se juntaram outras moças e de forma bem simples nasceu a Ordem das Missionárias da Caridade. No lugar do hábito religioso, escolheu o sári, mais próximo da realidade indiana, nas cores branco e azul; como princípio, adotou o abandono de todos os bens materiais. Para angariar fundos começou com suas ex-alunas, de familias ricas, que contribuíram e, na medida em que a obra foi crescendo as contribuições foram chegando de várias partes. Como tempo, a irmã Agnes tornou-se madre Teresa de Calcutá, conhecida mundialmente por sua obra caritativa.
Em dezembro de 1948 foi-lhe concedida a nacionalidade indiana. A partir de 1950 empenhou-se em auxiliar os doentes com lepra. Em 1965, o Papa Paulo VI colocou sob controle do papado a congregação fundada por madre Teresa, com o reconhecimento da Santa Sé, que aprovou a Congregação das Missionárias da Caridade. O apoio do papado foi fundamental para o crescimento da obra que está espalhada por vários paises do mundo. Centros de apoio a leprosos, velhos, cegos e doentes com HIV surgiram em várias cidades do mundo, bem como escolas, orfanatos e trabalhos de reabilitação com presidiários.
A primeira casa oficialmente fundada pela Congregação de madre Teresa foi o lar infantil ou "Sishi Bavan" (Casa da Esperança), em 1952. Depois desta, seguiu-se inúmeras outras dedicadas a crianças, idosos, leprosos, entre outros pobres. Não era da natureza da madre mudar as estruturas sociais mas oferecer abrigo, cuidado amoroso e respeito até a morte.
Sua obra é apreciada e ao mesmo tempo duramente criticada por aqueles que a acusam de ter sido radical, de ter duvidado da existência de Deus, de receber milhões em contas bancarias e possuir hospitais mal administrados. Sua crise espiritual, gerou controvérsias a respeito de sua fé, no entanto sua vida é um exemplo de que a sociedade pode fazer a diferença entre os menos favorecidos.
O reconhecimento do mundo pelo seu trabalho caritativo e sua vida de dedicação concretizou-se com o Templeton Prize, em 1973, e com o Nobel da Paz, no dia 17 de outubro de 1979.
Faleceu em 5 de setembro de 1997 e com muita rapidez o Papa João Paulo II procedeu a sua beatificação em 2003 num ato considerado por muitos como inusitado.
De seu legado as obras de madre Teresa são acolhem hoje milhares de desabrigados em centenas de paises e nas palavras da freira: “Para mostrar grande amor por Deus e por nosso próximo não precisamos fazer grandes coisas. É quanto amor que colocamos no que estamos fazendo que faz de nossa oferta algo belo para Deus.”
http://www.idadedosucesso.com.br/mulheres_inesqueciveis_madre.htm
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