29 de junho
Dia do Pescador
Apesar de o Brasil ser um imenso país com um extenso litoral, a
atividade pesqueira artesanal e, conseqüentemente, os pescadores, foram
marginalizados na economia brasileira, pois deixaram de receber estímulos para
aumentar sua produção, ao ser extinta a Superintendência de Desenvolvimento
Pesqueiro (Sudepe) e ao ser revogado o decreto lei no 1.217, de 9/5/1972, que
dispunha sobre incentivos à pesca.
Atualmente, os pecadores estão sendo expulsos de áreas tradicionalmente destinadas à pesca para cederem espaço aos luxuosos loteamentos instalados à beira-mar.
Conforme o IV Plano Nacional de Desenvolvimento da Pesca, são vários os fatores que impedem a modernização da pesca artesanal, tais como: falta de capacitação do pescador, lenta transferência de tecnologia, dificuldades de acesso ao mercado, falta de infra-estrutura para conservação do pescado (o que obriga o pescador a sujeitar-se ao intermediário), falta de linhas de crédito e falta de uma política eficaz de proteção ao local de trabalho do pescador artesanal.
Esses problemas são os responsáveis diretos pelo baixo nível de desenvolvimento da pesca artesanal em todo o litoral do Brasil. O pescador tem acesso ao objeto de seu trabalho, o mar, mas nem sempre possui os meios para exercer sua profissão com dignidade. Apesar de o nível de produção ser qualitativamente bom, a pesca artesanal deixa muito a desejar no aspecto quantitativo, em razão da falta de recursos materiais, fato que contribui para que o pescador continue em total pobreza.
As comunidades de pescadores estão desaparecendo, vitimadas pelo processo do chamado "avanço tecnológico". Mesmo a tradicional jangada, símbolo do pescador, está sendo esquecida.
A vida do pescador não é fácil. Ele sai de madrugada, deixa sua família em terra firme e vai para o mar para cumprir seu dever. Como não há segurança em seus pequenos barcos, os pescadores ficam à mercê das intempéries. Mas a paixão pelo mar supera qualquer trauma sofrido pelos destemidos pescadores.
A atividade da pesca é de fundamental importância, por ser responsável pelo fornecimento de alimentos e por proporcionar emprego em zonas costeiras e rurais. O êxito dessa atividade, contudo, depende da proteção dos ecossistemas marinhos em que é exercida, principalmente daqueles ameaçados pela exploração desenfreada dos recursos naturais e pela poluição. Essas conseqüências devem ser evitadas mediante ações coletivas efetuadas entre governo e população.
Referência:
Datas comemorativas: cívicas e históricas
Fonte: Paulinas
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