Por Padre
Werenfried
A Igreja em nosso tempo clama mais alto do
que nunca: Vinde Senhor, e liberta-nos! Neste clamor ela empresta sua voz a
todos os que anseiam por libertação. Quem experimentou a guerra e a ocupação
sabe o que significa libertação: o dia da independência recuperada, o dia em
que as odiadas fardas desaparecem; mas também, o dia do grande ajuste de contas
pelas paixões liberadas, pelas casas queimadas, pelas mulheres violentadas e
pelos juízes covardes. Muitas vezes, uma embriaguez que, na pálida luz da manhã
seguinte, se revela uma ilusão...
Sem Deus nada se pode modificar
mesmo. Porque nenhuma libertação exterior consegue libertar o ser humano de si
próprio nem consegue transformá-lo intimamente, mudá-lo e torná-lo melhor. Se o
próprio homem se degrada e se engana, só há uma pessoa que lhe pode devolver
sua condição original: o Criador, que o fez. Ele transforma o ser humano de
dentro para fora e o torna inteiramente renovado.
Há dois mil anos Cristo fez isso. Ele
libertou o homem do pecado e da inimizade com Deus. Ele o reconciliou com o Pai
celeste e o fez seu filho. Esta libertação, embora não o tenha livrado do
terror externo de Herodes, não foi uma ilusão, mas sim uma realidade interior.
Transformou todos os seres humanos em filhos do único Pai, em irmãos e irmãs, e
restabeleceu assim a paz sobre a Terra. A grande graça da encarnação de Jesus
Cristo foi haver novamente um ser humano sobre a Terra de quem o Pai pôde
dizer: "Este é o meu filho bem-amado, aquele que me aprouve acolher"
(Mt 3,17). Este novo homem, Cristo, foi o primogênito do novo povo de Deus, que
serve o Pai na paz e na liberdade, e nisso é feliz.
Imagem (Meramente ilustrativa)
Fonte: www.aisbrasil.org.br
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