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sexta-feira, 16 de abril de 2010

O HOMEM E A MULHER


O homem é a mais elevada das criaturas;
A mulher é o mais sublime dos ideais.
O homem é o cérebro;
A mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz;
O coração, o AMOR.
A luz fecunda, o amor ressuscita.
O homem é forte pela razão;
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence, as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece, o martírio sublima.
O homem é um código;
A mulher é um evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é um templo; a mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos;
Ante o sacrário nos ajoelhamos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter, no crânio, uma larva;
Sonhar é ter, na fronte, uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher é um lago.
O oceano tem a pérola que adorna;
O lago, a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa;
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço;
Cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra;
A mulher, onde começa o céu.

(Victor Hugo)

Link do Portal Nosso São Paulo atribuindo a autoria a Victor Hugo:

http://www.nossosaopaulo.com.br/Reg_SP/Barra_Escolha/B_VictorHugo.htm

quarta-feira, 14 de abril de 2010

E tudo mudou...


O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss

O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone

A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM

A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse

Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal

Ninguém mais vê...

Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service

A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão

O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD

A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email

O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo
O break virou street

O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também

O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou counter strike

Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato

Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...

A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!

A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...

... De tudo.

Inclusive de notar essas diferenças

Luis Fernando Veríssimo

Páscoa todo dia


Uma coisa que me incomoda muito na páscoa é a ênfase dada pelos cristãos na crucificação de Jesus. E haja sangue, chicotada, choro, lamento, enterro simbólico, disputa para encontrar e capturar o Cristo, malhação do Pedr...quer dizer, do Judas, no sábado de Aleluia, e, ao final, a congestão habitual da noite do domingo onde chocolate, peixe e uva se encontram para uma batalha feroz. O melhor da semana santa e da páscoa acaba sendo mesmo o feriado prolongado. E, tá bom, a possibilidade de comer chocolate com menos culpa.
E tudo isto porque os cristãos subverteram o sentido da páscoa. E, ainda por cima, subverteram duas vezes. A primeira quando transformaram uma festa de libertação em um teatro onde acaba-se em séria dúvida se estão comemorando ou lamentando a morte de Jesus. A crucificação não é mais importante que a ressurreição. E a celebração, curiosamente, não é pela ressurreição e sim, pela morte do Cristo. Os cristãos parecem não ter entendido nada da razão pela qual Jesus entrou em Jerusalém justamente na páscoa. Não foi para ser morto e sim para ressuscitar e ascender aos céus. Há uma grande diferença sobre o que exatamente deveria ser evidenciado.
A segunda subversão ocorre justamente quando o Cristo é pouco lembrado durante a páscoa e em seu lugar, entra o nosso querido amigo coelho. O pobre animal nada tem haver com esta história pois, sendo mamífero. sequer põe os tais ovos. E não se trata de demonizar a lebre. A questão é justamente Jesus ser lembrado pela sua morte quando deveria ser lembrado pela sua vida e. ainda assim, ser ofuscado por um símbolo pagão de fertilidade. Vida é fertilidade. E Jesus viveu, sobreviveu à sua própria morte. Mas a estrela da páscoa, se o assunto é alegria, é o coelho. Coelho que, aliás, segundo alguns religiosos, simboliza o crescimento da igreja. Ah, tá...E para o Cristo, pelo jeito, soubrou a cruz.
Jesus é esquecido nas outras 50 semanas "não-santas", já que, espera-se, o Cristo seja lembrado ao menos durante a semana do Natal. Seremos nós cristãos de páscoa e natal? De coelho e papai noel? Porque páscoa mesmo, no sentido original da comemoração, que é a "passagem", libertação, do homem em Deus, é todo dia. Tem que ser todo dia. Todo dia santo de toda semana santa. Páscoa é todo dia. Assim Jesus nos ensinou. Assim é a vontade de Deus.
Fonte: http://mateus23.blogspot.com

terça-feira, 13 de abril de 2010

Clipe - Dorothy Stang, you will never die

Biografia de Irmã Dorothy


Sobre a Irmã Dorothy

Dorothy Mae Stang, conhecida como Irmã Dorothy foi uma freira norte-americana naturalizada brasileira.

Pertencia às Irmãs de Nossa Senhora de Namur, congregação religiosa fundada em 1804 por Santa Julie Billiart (1751-1816) e Françoise Blin de Bourdon (1756-1838). Esta congregação católica internacional reúne mais de duas mil mulheres que realizam trabalho pastoral nos cinco continentes.

Ingressou na vida religiosa 1948, emitiu seus votos perpétuos – pobreza, castidade e obediência – em 1956. De 1951 a 1966 foi professora em escolas da congregação: St. Victor School (Calumet City, Illinois), St. Alexander School (Villa Park, Illinois) e Most Holy Trinity School (Phoenix, Arizona).

Em 1966 iniciou seu ministério no Brasil, na cidade de Coroatá, no Estado do Maranhão. Irmã Dorothy estava presente na Amazônia desde a década de setenta junto aos trabalhadores rurais da Região do Xingu. Sua atividade pastoral e missionária buscava a geração de emprego e renda com projetos de reflorestamento em áreas degradadas, junto aos trabalhadores rurais da Transamazônia. Seu trabalho focava-se também na minimização dos conflitos fundiários na região. Atuou ativamente nos movimentos sociais no Pará.

A sua participação em projetos de desenvolvimento sustentável ultrapassou as fronteiras da pequena Vila de Sucupira, no município de Anapu, no Estado do Pará, a 500 quilômetros de Belém do Pará, ganhando reconhecimento nacional e internacional.

A religiosa participava da Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desde a sua fundação e acompanhou com determinação e solidariedade a vida e a luta dos trabalhadores do campo, sobretudo na região da Transamazônica, no Pará. Defensora de uma reforma agrária justa e conseqüente, Irmã Dorothy mantinha intensa agenda de diálogo com lideranças camponesas, políticas e religiosas, na busca de soluções duradouras para os conflitos relacionados à posse e à exploração da terra na Região Amazônica.

Dentre suas inúmeras iniciativas em favor dos mais empobrecidos, Irmã Dorothy ajudou a fundar a primeira escola de formação de professores na rodovia Transamazônica, que corta ao meio a pequena Anapu. Era a Escola Brasil Grande.

Irmã Dorothy recebeu diversas ameaças de morte, sem deixar intimidar-se. Pouco antes de ser assassinada declarou: "Não vou fugir e nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade sem devastar".

Ainda em 2004 recebeu premiação da Ordem dos Advogados do Brasil (seção Pará) pela sua luta em defesa dos direitos humanos.

Falecimento

A Irmã Dorothy Stang foi assassinada, com sete tiros, aos 73 anos de idade, no dia 12 de fevereiro de 2005, às sete horas e trinta minutos da manhã, em uma estrada de terra de difícil acesso, a 53 quilômetros da sede do município de Anapu, no Estado do Pará, Brasil.

Segundo uma testemunha, antes de receber os disparos que lhe ceifaram a vida, ao ser indagada se estava armada, Ir. Dorothy afirmou "eis a minha arma!" e mostrou a Bíblia Sagrada. Leu ainda alguns trechos das Sagradas Escrituras para aquele que logo em seguida lhe balearia.

No cenário dos conflitos agrários no Brasil, seu nome associa-se aos de tantos outros homens, mulheres e crianças que morreram e ainda morrem sem ter seus direitos respeitados.

O corpo da missionária está enterrado em Anapu, Pará, Brasil, onde recebeu e recebe as homenagens de tantos que nela reconhecem as virtudes heróicas da matrona cristã.
Fonte: http://noticias.cancaonova.com

domingo, 11 de abril de 2010

“Eu sou a ressurreição e a vida.” (Jo 11,25)


Jesus pronunciou essas palavras por ocasião da morte de Lázaro de Betânia, que depois ele ressuscitou, no quarto dia.
Lázaro tinha duas irmãs: Marta e Maria.
Quando Marta soube que Jesus estava chegando, correu ao seu encontro e lhe disse: “Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”. Jesus lhe respondeu: “Teu irmão ressuscitará”. Marta replicou: “Sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia!” Jesus, então, declarou: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. E quem vive e crê em mim, jamais morrerá”.

“Eu sou a ressurreição e a vida.”

Jesus quer revelar quem ele é para o homem. Jesus possui o bem mais precioso que podemos desejar: a Vida, aquela Vida que não morre.
Se você leu o Evangelho de João, decerto observou que Jesus também disse: “Assim como o Pai tem a vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter a vida em si mesmo” (cf Jo 5,26). E já que Jesus possui a Vida, ele pode comunicá-la.

“Eu sou a ressurreição e a vida.”

Também Marta acredita na ressurreição final: “Sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia!”
Mas Jesus, com a sua afirmação maravilhosa, “Eu sou a ressurreição e a vida”, lhe revela que ela não precisa aguardar o futuro para ter esperança na ressurreição dos mortos. Desde já, no presente, para todos os que creem, ele é aquela Vida divina, inefável, eterna, que nunca morrerá.
Se Jesus está nos que creem, se ele está em você, você não morrerá. Essa Vida naquele que crê tem a mesma natureza de Jesus ressuscitado, e é, portanto, bem diferente da condição humana, na qual está.
E essa Vida extraordinária, que também já existe em você, se manifestará plenamente no último dia, quando você participar, com todo o seu ser, da ressurreição futura.

“Eu sou a ressurreição e a vida.”

É claro que, com essas palavras, Jesus não nega a existência da morte física. No entanto, essa morte não implicará a perda da Vida verdadeira. Para você, assim como para todos os homens, a morte continuará sendo uma experiência única, extrema e, talvez, temida. Mas não significará mais a falta de sentido de uma existência, não será mais o absurdo, o fracasso da vida, o seu fim. Para você, a morte não será mais uma morte de fato.

“Eu sou a ressurreição e a vida.”

E quando foi que nasceu em você essa Vida que não morre?
No batismo. Naquele momento você, mesmo em sua condição mortal, recebeu de Cristo a Vida imortal. Com efeito, no batismo você recebeu o Espírito Santo, que é aquele que ressuscitou Jesus.
E a condição para receber esse sacramento é a sua fé, que você declarou por meio de seus padrinhos. De fato, no episódio da ressurreição de Lázaro, falando a Marta, Jesus especificou: “Quem crê em mim, ainda que morra, viverá (...) Crês nisso?” (Jo 11,26)
“Crer”, nesse caso, é um fato muito sério, muito importante: não exige apenas aceitar as verdades anunciadas por Jesus, mas também aderir a elas com todo o ser.
Para possuir essa vida, portanto, você deve dizer o seu sim a Cristo. E isso significa aderir às suas palavras, aos seus mandamentos, significa vivê-los. Jesus confirmou isso: “Se alguém guardar minha palavra, jamais verá a morte” (Jo 8,51). E os ensinamentos de Jesus estão sintetizados no amor.
Portanto, você não pode deixar de ser feliz, em você está presente a Vida.

“Eu sou a ressurreição e a vida.”

Neste período em que nos preparamos para a celebração da Páscoa, ajudemo-nos a realizar aquela guinada – que é sempre necessário renovar – rumo à morte do nosso eu para que Cristo, o Ressuscitado, viva desde já em nós.

Chiara Lubich

Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em março de 1999.
Fonte: http://www.focolare.org/articolopdv.php?codart=7124