Powered By Blogger

sábado, 25 de dezembro de 2010

Depois do Natal


Por Padre

 Werenfried

A Igreja em nosso tempo clama mais alto do que nunca: Vinde Senhor, e liberta-nos! Neste clamor ela empresta sua voz a todos os que anseiam por libertação. Quem experimentou a guerra e a ocupação sabe o que significa libertação: o dia da independência recuperada, o dia em que as odiadas fardas desaparecem; mas também, o dia do grande ajuste de contas pelas paixões liberadas, pelas casas queimadas, pelas mulheres violentadas e pelos juízes covardes. Muitas vezes, uma embriaguez que, na pálida luz da manhã seguinte, se revela uma ilusão...


 Sem Deus nada se pode modificar mesmo. Porque nenhuma libertação exterior consegue libertar o ser humano de si próprio nem consegue transformá-lo intimamente, mudá-lo e torná-lo melhor. Se o próprio homem se degrada e se engana, só há uma pessoa que lhe pode devolver sua condição original: o Criador, que o fez. Ele transforma o ser humano de dentro para fora e o torna inteiramente renovado.

Há dois mil anos Cristo fez isso. Ele libertou o homem do pecado e da inimizade com Deus. Ele o reconciliou com o Pai celeste e o fez seu filho. Esta libertação, embora não o tenha livrado do terror externo de Herodes, não foi uma ilusão, mas sim uma realidade interior. Transformou todos os seres humanos em filhos do único Pai, em irmãos e irmãs, e restabeleceu assim a paz sobre a Terra. A grande graça da encarnação de Jesus Cristo foi haver novamente um ser humano sobre a Terra de quem o Pai pôde dizer: "Este é o meu filho bem-amado, aquele que me aprouve acolher" (Mt 3,17). Este novo homem, Cristo, foi o primogênito do novo povo de Deus, que serve o Pai na paz e na liberdade, e nisso é feliz.
Imagem (Meramente ilustrativa)

Nenhum comentário:

Postar um comentário